segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Aventura do Mel



Script por: Pompeo M. Bonini


Um gentlermam bem trajado apresenta a atração:

Senhoras e senhores:
Sejam bem vindos ao fantástico e incrível mundo dos doces
Aqui passaremos muitas aventuras inesquecíveis
Tudo começou há muito tempo atrás
Havia uma palhaça bastante engraçadinha chamada Md Gentileza
Ela tinha um gato chamado Ping e um cachorro chamado Pong
E também um cataventos muito diferente, pois trazia noticia pelos ventos
Uma bolsa mágica incrível
Quem quer ver a Madame Gentileza? Quem quer vê-la?
Você? Você?
Lá chega ela, vejam: está passeando! Está chegando!

Inicia-se a Música:

Gentileza Gentileza Madame Gentileza
Quem é você?
Gentileza Gentileza Madame Gentileza
O que é que vai acontecer?
Ela têm um cataventos que traz mensagens
Ela têm uma bolsa mágica
Uma palhaça alegre e poderosa
Uma pessoa bastante misteriosa
Gentileza Gentileza Madame Gentileza
Quem é você?
Gentileza Gentileza Madame Gentileza
O que é que vai acontecer?

- Que legal, estou sempre querendo aprender coisas novas, vou para cá e para lá e sempre gosto de olhar por todos os lados, deixa eu ver ( olha por todos os lados ) Nossa quantas crianças! Boa tarde crianças! Tudo bem? Deixa eu continuar meu passeio! Lá, lá lá...
- Háááá! ( Chega o cientista maluco de sopetão )
- Ai que susto! Quem é você?
- Sou um cientista muito esperto, gosto de inventar coisas.
- Você está ouvindo um barulho cientista?
- Não, quê barulho?
- Deixa eu ver, peraí! ( Md Põe as mãos na orelha para ouvir melhor ) Silêncio por favor, deixa eu escutar direito!
- É parece que estou ouvindo alguma coisa ( Fala o cientista deitado no chão como se fosse um índio ouvindo um trilho de trem )
- Não, não é no chão, é no ar!
- No ar?
- O vento, ouça o vento!
- Sim, há bastante vento por estas bandas!
- É, e se eu usar este catavento vou poder saber quais são as notícias que o vento traz.
- Noticias, ta maluca?
- Veja isto... ( Sopra seu catavento, juntamente com grães de purpurinha para fazer um efeito especial e diz ) Os ventos me disseram uma coisa.
- O que disseram? O que disseram ?
- Numa terra distante, longe, muito longe existe um rei! Seu nome é Rei Bombom, este Rei me disse que seu reino corre grande perigo!
- Perigo, mas porque? ( Diz o cientista já pegando um grande livro da roupa )
- Há uma abelha muito malvada por lá, esta abelha se chama Zangadão, e parece que está criando uma confusão naquele lugar, rápido, tempos que ajudar!
- Calma... Como iremos para lá se não sabemos o endereço?
- Eu sei como chegar lá!
- Basta dar três voltas para a direita antes de dormir.
- Ah é? Então vamos esperar anoitecer.

Musica Passa o tempo:

Passa o tempo tempo passa
Vai passando devagar
De manhã a ave canta
E de noite a lua sai
Passa tempo tempo passa
Vai passando devagar
De manhã Madame anda
E de noite vai girar
Para então transformar e
Para o mundo dos doces vai chegar
Passa tempo tempo passa
Vai passando devagar

À noite os dois personagens ( Md Gentileza e Cientista ) giram três vezes para a direita antes de dormir, derrepente sentem uma tontura estranha e caem na cama. O cenário é trocado, ou alguns detalhes que possam caracterizar a mudança de cenário.

- Yurrrúuuu!!!! Conseguimos, conseguimos chegar ao Mundo encantado dos doces! Que legal! Olha só lá, quantos doces! E aqui, estes aqui!
- Sim, estamos mesmo aqui, deu certo! Mas agora vamos procurar o Rei Bombom.
- Não precisam mais! Eu estou aqui! Notei que a Senhora, digo Senhorita, quer dizer Madame Gentileza atendeu ao meu chamado, sim, sim! Preciso de você urgente, rápido, não há tempo a perder, vamos correndo que é mais rápido, vou mostrar para vocês onde uma abelha muito malvada está escondida, o nome dela é Zangadão.
- Escondida? – Pergunta o cientista com cara de espantado puxando os cabelos – Como? Dentro de uma caixa? Debaixo de uma árvore? Em cima de uma árvore? Ah! Já sei! Deve estar dentro de uma chaminé...
- Quê isso? Ta maluco? Abelhas não se escondem nestes lugares, até parace que você vêm de outro mundo?
- Mas eu venho de outro mundo?
- Isto não importa, é melhor abrir a porta, (Abre uma porta para entrar na floresta ) Venham, rápido por aqui ( Fazem uma breve e emocionante carreira ) Sim! Sim ( Grita exasperado o rei Bombonzão de maneira tão exasperada que quase cai, o cientista segura suas costas para que não caia ) Obrigado, se não fosse você eu iria beijar o chão e minha linda coroa iria ficar suja, aí teria que dar um banho com bastante sabão nela claro! ( De maneira cautelosa e soturna, como se sentisse observado o rei pega sua superluneta para observar pelos arbustos )
- Rei, rei Bombonzãone! ( Fala o cientista exasperado em sua ansiedade por querer saber alguma coisa. ) O que o Senhor está vendo, fale, fale! Uma Borboleta? Uma formiga? Um camaleão? Um gigante? O bob esponja?
- Não, acaso você é maluco? Calma, deixe eu ajustar a luneta, pois não conseguia ver nada, é neste botão aqui! Vejam só que legal. ( Mexe na luneta minuciosamente, com concentração exagerada ) Agora sim, vai funcionar... Olha lá!
- O que? O que? ( perguntam os dois )
- O Zangadão! É uma abelha malvada!
- O que ele está fazendo?
- Está gritando com outras abelhas, Rápido, escondam-se, acho que ele está vindo para cá, está muito bravo, muito nervoso, parace que está enfurecido.
- Rápido ( Md Gent ) Por aqui, sei onde podemos nos esconder!
- Arrrg! ( Zangadão chega andando para la e para cá! Estas abelhas são umas bobas! Não fazem nada direito, já mandei 500 vezes elas roubarem todo o mel do mundo, e algumas ainda insistem em não me obedecer! Eu mando em todo mundo! Eu sou o mais poderoso! O mais forte! Há há há há há! Eu mando no mel do MUUUNDO! Há há há há! Eu vou conquistar o mel do Muuuundo! Há há há há. ( Ouve um ruído produzido por um comentário fora de hora do cientista ) O quê? Será que ouvi alguma coisa? Ora estas, mas não têm ninguém aqui, mmmm deixa eu ver deste outro lado, uuuuu Têm alguém aí?
- Não ( responde o cientista ingenuamente )
- Há há há há! Por um acaso você é maluco?
- Não, mas meu nome é Cientista Maluco, e você? Quem é?
- Sou ZANGADÃO! E vou conquistar todo o mel.
- Muito bem! Muito Bem! Mas seu Zangado, err, quer dizer zangudo, err, zanguido, ah sei lá qual é seu nome, O senhor não tem vergonha não?
- Vergonha do que? ( Diz ele pegando e guardando uma porção de mel que estava pelo cenário ) Não sabe que sou o Rei do Mel, eu mando no meu do mundo inteiro, sou mais ou menos como o Cérebro do desenho do Pink e o Cérebro, só que comigo o negócio é meal, buisiness, sabe como é!
- Não entendo muito de política ( Faz a pose de O pensador de Rodin e matuta ) Mmmm, o senhor abelhudo...
- Abelhudo não! Sou Zangadão!
- Tudo bem, zangadão, que seja assim, o senhor zangadão me parece muito inteligente, mas sabe o que? Eu sou cientista, e vou te dizer uma coisa, não pode ficar brigando com as outras abelhas, o mel não é só seu!
- Isso mesmo! ( Levanta-se o rei indignado apontando o dedo para Zandadão ) Você deve aprender a dividir o mel com todos, senão todos ficarão muito tristes! E também não poderemos fazer a grande festa do Quindim, e Deus não irá à festa se não houver mel.
- Bagh! Eu não quero saber de nada! Cada um com seus problemas! Já sei! Foi você Rei Bombom, que deve ter chamado este maluco aqui para me azucrinar, não adianta nada, continuarei meu caminho, e por onde passar, neste lugar não haverá mais mel, pois eu e meus abelhudos vamos pegar tudo. Há há há. Saia do meu caminho Rei Bombom, tenho que ir em frente.
- Não fale assim com o Rei Bombom Zangadão! ( Fala levantando-se de sopetão em tom acusativo e defensivo Madame Gentileza erguendo suas mãos como um guarda de trânsito )
- O que?? ( Zangadão assusta-se e dá um salto se desequilibrando pela imponência moral da palhaça ) Quem, quem é você ( Vascilando nas palavras )
- Sou: Madame Gentileza, fui chamada pelo Rei Bombom, e sei que você causa muitos problemas. Muita atenção, está vendo esta bolsa aqui?
- Sim, porque?
- É uma bolsa mágica! ( Diz ela )
- Hahh sim... ( fala o Zangadão desmerecendo a afirmação )
- Sim! Diz o Cientista, muito cuidado com esta bolsa, pode sair um, um um...
- Elefante! – Completa o Rei
- É ( Diz ela ) posso fazer mágicas com esta bolsa, porque é uma bolsa mágica.
- Pode então tirar Deus de dentro da bolsa? Pergunta Zangadão querendo pegar algum ponto fraco em suas afirmações )
- Deus? Pergunta ela.
- Sim: Deus, O criador de TOOODO ESTE UNIVERSO!
- Bem ( Intervém o Rei ) Caro Zangadão, o senhor é inteligente o sulficiente para saber que isto é IMPOSSIVEL , mas é certo que Deus está em algum lugar: Deus está no céu.
- Oh! Claro que sim, sempre rezo para ele todas as noites, mas mudando de assunto: Sei que vocês estão tramando alguma coisa contra min.
- Estamos? ( Pergunta o cientista olhando para seus dois comparsas )
- Xxxxx ( Em tom de: Você não deveria ter dito isto Md Gent. )
- Há há há há! Não me impedirão, eu roubarei o mel de todo o MUNDO! – Puxa sua capa como um superhomen e sai correndo pelo cenário )
- Rápido! Grita o rei! Devemos pega-lo, não o deixem fujir.

Então os três patetas exasperados e desengonçados saem cambaleando correndo atraz do Zangadão e todos ficam rodeando por 5 voltas o cenário até que Zangadão safa-se, o cientista em seguida tropeça numa casca de banana e cai, a Gentileza e o Rei se estafam de tanto correr e o cachorro e o gato ficam enternecidos assistindo à tudo.
Música:
Corre, corre
Corre para lá e corre para cá
Zangadão o malvadão
Quer o mel do mundo todo
Não não Zangadão
Tem que dividir
Deus está no céu
E quer bonita festa
Vamos amigos
Pegar o Zangadão
Corre, corre
Corre pra lá, corre pra cá

- Ora estas, diz Gentileza – Isto lá é hora de cair, cientista, rápido, levante-se.
- Ohhhh, Ohhh, que dor ( Pega a casca de banana e diz ) Olha só: Pisei numa casca de banana, será que pode? Este pessoal não sabe que lugar de lixo é no lixo.
- E vocês aí? ( Pergunta Madame Gent. Para seus animais ) Vão só ficar aí parados olhando. ( O gato mia misteriosamente e o cachorro ladra bravamente. ) Ah bom! Sei que vocês vão nos ajudar, adoro animaizinhos de estimação, por isto trouxe vocês!
- Calma gente, diz o Rei, tenho um plano ( Fala ele misteriosamente ) Vamos fazer uma reunião, traz lá seus animais Madame, pois eles têm que participar.
- Você têm um Plano Rei bombom? ( Cientista ) É um plano Bom? Têm que ter muita coragem, ele corre muito, parece até com o papaléguas!
- Perai cientista, deixa eu falar! Olha: Primeiro vamos ao meu castelo e lá eu falo o plano! ( Vão os três até o castelo )
- Até que em fim, lar doce lar! Aceitam alguma coisa para comer, vocês são visita do rei!
- Eu aceito Caro Rei ( Diz madame, gostaria de um sanduíche e doces de sobremesa )
- Muito bem! Diz o Rei em tom de satisfação – Torrone: traga um sanduíche e alguns doces! – Grita o rei em tom imperativo e esnobe à seu servo Torrone, que já se encontrava à seu lado.
- Sim senhor sim senhor! – Responde ele prestativo. ( Já se direcionando à cozinha real )
- Espere! ( Grita o rei novamente quando ele quase se ausentava ) E o senhor cientista, deseja um lanche?
- Não, não, deixa eu ver o que quero, mmm maça? não! Melancia? não! Chocolate? Não! Arros e feijão? Não! Melão também não: ora estas se não quero melão quero algo mais doce: Talvez mel! É, boa idéia.
- Por um acaso você é um cabeça de melão seu João? Não te falei que o Zangadão roubou todo o mel deste mundão?
- Hi hi hi, é tinha esquecido seu Rei.
- ( rei - Olha no relógio ) Bem, agora esperem aqui pois já está na hora de meu banho, sabe como é, tenho que tomar banho todos os dias para manter esta beleza e este perfume. Já volto. ( se ausenta )
- Iiii, o Rei foi tomar banho, será que ele têm xulé? ( Cientista ) Se tiver posso até emprestar este perfume para ele, há há há ( Tira um desodorante spray, tira seu próprio tênis e aplica em sua meia )
- O que esta fazendo? ( Pegunta Md Horrorizada com a falta de compostura de seu interlocutor ) Ta maluco?
- Não, não é não! É que eu sempre lavo o pé para não ter xulé!
- Mas não é assim que lava o pé Cientista!
- Não? Como é então.
- Primeiro você entra no chuveiro ( Ela faz a mímica do que está falando ) depois liga a torneira, aí faz aquele barulinho assim da água quentinha: sssssss, depois você pega um xampu ( Mexe na bolsa e tira um sapo ) Epa perai, peguei o Frederico ), quis dizer: Você pega o xampu! ( Acerta desta vez ) depois pões na cabeça, depois o sabonete e lava todo o corpo, aí é só enxugar e se trocar.
- Há há há há! Muito engraçado, muito engraçado. ( Ri o cientista exageradamente ) Você é genial! Mas não reparou que estava faltando uma coisa?
- Faltando? O quê?
- Îsto daqui ( Diz o Cientista levantando um balde para que todos vejam?
- O que é isto cientista?
- Água! Como é que você quer tomar banho sem água? Quem quer água? ( grita ele direcionando-se à platéia ) Posso jogar nela? Não? Então vai para vocês! ( Joga os confetes na platéia.
- Ah! Muito engraçadinho o senhor Cientista maluco ( Gentileza pondo as mãos na cintura )
- Olá! Quem pediu um sanduíche? E os doces? ( Torrone com uma bandeja estilo garçom ) Nossa de quem é esta escova? E aquele xampu? Alguém tomou banho aqui?
- Cuidado Torrone, ou vai pisar no Frederico! ( fala desesperada Md Gentileza )
- Frederico? Que Frederico ( Responde ele sem entender bulhufas )
- Meu sapo de estimação! ( Grita ela dando um salto mortal duplo tuist mortal carpado e salvando o sapo nos segundos finais antes de ser esmagado impiedosamente por torrone que nada sabia ) Ufa! Ainda bem que salvei você no último segundo Frederico, meu queridinho. ( Começa a acariciar o sapo e o põe dentro da bolsa )
- Cheguei! ( Grita o rei escandalosamente, sem qualquer necessidade ) Agora quero saber: O que vocês estavam fazendo?
- Nós? Como assim? Err? Nada!
- Como nada! ( Responde o Rei rispidamente ) Ouvi alguns barulhos estranhos lá do banheiro e me parece que vocês estavam fazendo a maior bagunça aqui!
- Como Rei? Bagunça? Nós somos muito organizados para fazer este tipo de coisa aqui no seu castelo ( Tenta infrutiferamente explicar-se o cientista )
- Hmmm! ( Diz o Rei analizando dos pés a cabeça o cientista e olhando em seguida para os outros dois ) Há há há, você é muito engraçado! Não é crianças? Veja só: Onde está um de seus sapatos? Por um acaso sumiu?
- Não, não seu Rei: é que eu estava limpando o pé. (Correndo para recolocar o sapato)
- Mas que maluco, lugar para limpar o pé é o chu-vei-ro! Bem, agora vamos ao plano que tenho para impedirmos que Zangadão suma com todo o mel do mundo, rápido, meu plano é urgente, vamos, vamos até a sala de reuniões, é por aqui! Apresento-lhes a grande távola redonda ( Fazendo sinal com os dois braços num ar cerimonioso )
- Ora estas! Você é o Rei Arthur? - gentileza
- Não! Mas decidi copiar sua mesa porque achei bonito.
- Bah! Que falta de criatividade ( resmunga o cientista, ao pé da orelha de Gentileza )
- O quê? Pergunta o Rei curioso!
- Nada, nada, falei: Mas quanta atividade!
- É isto mesmo, fazemos reuniões todas as semanas para ver quantas colméias ainda existem no reino.
- Colméias, ah! Já sei ( responde cientista ) É o lugar onde as abelhas moram, a casa que elas constroem.
- Isto mesmo, são as colméias, é lá que elas guardam o mel.
- Vejam só ( O rei desenrola uma gigantesca lista cheia de números ) Esta é a contagem 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. Só chegamos até o 10 porque não encontrampos mais colméias pelo Reinado.
- Que pena! – Gent.
- É, Zangão levou todas, e pior: está comandando muitas abelhas que são obrigadas a fazer todo o serviço para ele.
- Que horrível isto, assim acaba mesmo o mel. – Fala o Cientista num tom pesaroso e desesperançoso
- Não fiquem aí, vamos sentem-se, preciso da ajuda de vocês. O plano é o seguinte: Primeiro temos que conhecer as abelhas depois podemos fazer alguma coisa.
- Ah! Sim seu Rei, muito boa sua idéia! Como não tinha eu pensado nisto antes? Por um acaso tenho cara de maluco?
- Não sei, mas isto não importa, vamos ao plano... O que vocês conhecem sobre a abelha? Já viram alguma? Já comeram mel? Já foram picados?
- Não, mas uma vez um marimbondo me mordeu. – Cientista
- Já sei! ( Diz Madame ) Tive uma idéia! Vou ver o que minha bolsa mágica pode trazer!
- Hááááá! Excelente idéia! ( Grita o cientista ) Era isto mesmo que eu ia dizer!
- (Gent. Mexe e remexe na bolsa tirando um livro sobre camaleão ) Olha só o que eu achei, um livro!
- Deixa eu ver! ( Cientista ) Olha é um camaleão! Que bonito! Que legal, eles podem trocar de cor para se camuflar, se esconder dos outros animais, e têm uma língua bem comprida quase um metro ( mostra com as mãos ) para comer moscas, seus olhos são muito engraçados porque se movem um diferente do outro. Hi hi hi! Ele é devagar igual a tartaruga. Sabe porque ele muda de cor? É o modo de ele expressar seus sentimentos. Se está triste fica de uma cor! Se está feliz de outra!
- Tudo bem, tudo bem cientista! Você sabe bastante sobre camaleões, mas precisamos de outra coisa que não é isto, precisamos saber sobre abelhas, você sabe alguma coisa?
- Não, mas eu sei quem sabe! – Responde prontamente o cientista.
- Quem?
- Ela! – Aponta para a Madame – Ela deve ter algum outro livro aí nesta tal de bolsa mágica.
- Claro, vamos ver – Responde o Rei Bombom
- Então ela vira e revira a bolsa e acaba tirando uma vassoura.
- Não, não é isto que precisamos Madame Gentileza. Ta Maluca?
- Sabe o que é seu Rei, nunca sei o que vai sair desta bolsa, ela é meio estranha.
- Bem, O que vamos Fazer com uma vassoura? – pergunta o cientista ironicamente.
- Ora estas, que mais senão varrer! ( Responde brava Md Gentileza entregando a vassoura ao cientista de maneira brusca ) – Vamos, comece agora mesmo varrendo este resto de confetes que está no chão ( Chão do palco evidentemente )
- Aaaai! Calma Gentileza! Não precisa ficar brava!
Enquanto O cientista varre o chão chega o Torrone e diz: Rápido Rei, acabei de olhar pela janela do castelo e vi mais ou menos umas 1000 abelhas, estão todas voando rapidamente na direção das montanhas!
- Estão indo para as montanhas? Muito bem, meu conselheiro Torrone, obrigado pela informação, volte às suas atividades rotineiras por favor! ( Diz com ar de petulância e indiferença o Rei Bombom )
- Espere Rei, tenho de dizer uma coisa, muito, muito, mas muitíssimo importante...
- O que é? Diga rápido pois estou em meio de uma reunião extra-ordinária!
- Achei um livro que uma das abelhas deixou cair do bolso antes de ir para as montanhas, este livro estava perto da casa dos Patos.
- Perto da casa dos Patos?
- Sim, a abelha deixou cair lá.
- É mesmo, diz o Rei ( Pegando um ovo ) Vejam só, têm até um ovo dentro do livro, uma pata deve ter lido este livro ou muito me engano hummmm ( olhando para cientista )
- Hummmm – cientista ( olhando para madame )
- Hummm – Madame ( Olhando para torrone )
- Hummmm – Torrone ( olhando para ninguém )
- Deixa me ver ( Rei abre o livro expressão e ruído de susto extremo ) Vocês não sabem! Olha só o que diz aqui: As abelhas existem há 60.000 anos! Ajudam as flores crescerem, pois vão de flor em flor para comer uma comidinha que se chama pólem e néctar.Elas fazem bastante mel para guardar na colméia que é a casa dela. Ela constrói a casa dela usando cera, ela mesmo faz a cera.
- Deixa eu vê, deixa eu ver( Diz o cientista admirado com o livro ) Sim, vejas só aqui, Há uma abelha na colméia que se chama: abelha rainha, é a única que pode ter filhinhos e cada colméia pode ter somente uma rainha. Que legal, sensacional! Queria saber voar como uma abelha e ficar indo de flor em flor para fazer mel. As abelhas operárias trabalham para a rainha, e a rainha pode por até 3000 ovos por dia!
- Nossa, quantos ovos! – Diz Madame
- Sim! Exclama Torrone, devem haver muitas e muitas abelhas lá no esconderijo de Zangadão.
- Centenas e centenas de abelhas. ( Diz o rei levantando-se com um olhar profético para o horizonte. )
- Isto, isto é incrível – Diz o cientista, não sabia que haviam tantas abelhas numa colméia, mas sei que se algo der errado e elas vierem voando atrás da gente basta pegarmos um canudo assim ( faz a representação alusiva ), corremos assim, e pulamos dentro de um lago assim, pois debaixo da água elas não vêm, hi hi hi.
- Muito sabido, você também têm bons planos pelo visto, mas já é tempode irmos, pois temos que fazer a festa do grande quindim amanhã, e sem mel não haverá festa.
- Seja o que deus quiser! - Diz o cientista
- Sim, Deus quer uma grande e bela festa – complementa Madame com um sorriso afetuoso enquanto tira os canudos da boca do cientista e tenta levantar-lhe, mas ele de maneira patética escorrega e cai no chão novamente.
- Bem! Vamos, não pecamos mais tempo! – Rei


Os três lutadores, vão estilo Rocky, enquanto a musica característica do filme ( Eye of the tiger ) toca ao fundo, dando socos no ar e correndo através dos bosques reais em direção às montanhas do esconderijo secreto das abelhas.

Ainda não acabou...
Não perca o segundo capítulo

- Atenção! Atenção! ( Diz o Rei ) Acho que chegamos, é aqui mesmo o esconderijo do Zangadão.
- Estamos perto das montanhas? ( Madame )
- Sim, sim estamos olhe lá as montanhas. ( Cientista )
- Sim, são lindas, e vejam só quantos pássaros lindos nas árvores, que árvores gigantes e que céu maravilhoso.
- Sim é um céu magnífico ( Cientista ) Olhe lá longe, têm até um arco-iris com muitas e muitas cores, é, parece que quando Deus criou o mundo e o Universo ele caprichou! Será que teve muito trabalho?
- Claro, teve até de ficar sete dias trabalhando.
- Nossa! ( Cientista extremamente espantado com a informação ) Como assim sete dias?
- É ( Diz o Rei pacientemente, e com certa dose de pena da desinformação de seu interlocutor ), ele criou o céu e a terra, depois criou o dia e a noite, as terras e o mar, os animais e as plantas e também o homem, o ser humano. E no sétimo dia Deus resolveu descansar.
- Porque? Ficou cansado de tanto trabalhar? ( Pergunta ingenuamente o cientista. )
- Ho ho ho ho... É bastante provável, caro cientista...
- Olha lá ( Diz Madame ) Estão vendo o que estou vendo? ( Pergunta ela quanto utiliza o binóculos para enxergar. Os outros dois tentam ver alguma coisa sem utilizar este apetrecho, simplesmente colocando as mãos nas pestanas.)
- Não, não conseguimos ver nada. ( Rei )
- Esperai, ( Cientista, percebendo que Madame está com o binóculos ) Me dá isso aqui! ( Fala ele tentando arrancar da mão dela, Madame não deixa e surge um empecilho, um desentendimento, uma peleja pela posse do binóculos, o Rei não deixa de se envolver no combate )
- Deixa eu usar.
- Não eu!
- Não eu que quero ver.
- Empresta um pouco.
Repentinamente passa um vendedor de binóculos na área gritando:
- Olha só o binóculos, olha só a luneta. Quem vai querer? Têm também até microscópio para enxergar formiga e telescópio para ver as estrelas bem de perto.
- Quem é você? ( Pergunta Madame mostrando-se interessada )
- Sou um vendedor de binóculos. O que você acha? Vai comprar?
- Sim claro. Quanto custa? - Md
- Bem, é só me dar um pouquinho de mel. – Vendedor
- Mel??? Você ta ficando maluco??? – Diz o cientista de olhos arregalados estupefato. – Não sabe que o mel do mundo acabou?
- É verdade, neste caso pode ser um livro que fale sobre abelhas! – vendedor
- Rápido, o livro ficou no castelo, Cientista: corra até o castelo e pegue o livro para darmos à este senhor! ( Diz o Rei imperativamente )
- Aqui está, aqui está ( Em menos de três segundos ele corre até os bastidores e pega o livro ), pronto!
- Obrigado! ( Diz o vendedor exaltado com a visão do livro, como se fosse algo comparado à petróleo no filme Mad Max ) Você é bem rápido hein cientista!
- É que gosto muito de correr, sou como um leão, quer dizer, girafa, quer dizer leopardo que é o animal mais rápido de todos.
- Ah sim, está explicado. Estão aqui os binóculos, podem levar... ( Entrega e vai embora )
- Rápido, agora podemos ver todos juntos o que estás acontecendo – Diz o Rei.
- Olhem, estão todas as abelhas na colméia! – Diz o cientista, com suas observações satisfatórias e bastante previsíveis.
- Sim! E veja só: Parece que estão levando o mel de toda a floresta para seu esconderijo, olha lá quem está no comando: Zangadão! ( Diz o Rei )
- É, ele é bastante malvado. Cuidado! Parece que ele está vindo para cá. O que fazemos?
- Já sei! ( Diz o cientista ) Tive uma idéia! Vamos fingir que somos estátua!

Música da estátua!

Vão virar, vão virar
O cientista Maluco
A Madame gentileza
E o Rei Bombom
Uma estátua de pedra
Quando a música acabar
Vamos então contar
Até três para virar
Um, cuidado Zangadão
Dois, não adianta tentar roubar
O mel do mundo inteiro
Vão virar, vão virar
O cientista Maluco
A Madame gentileza
E o Rei Bombom
Uma estátua de pedra
Um, dois, três
Estátua

Os aventureiros paralizam-se em posturas hilárias, chega então Zangadão bastante tranqüilo assoviando qualquer música da moda, provavelmente “The world is mine” e diz tranqüilamente:
- Ai, ai... Que coisa, este negócio de conquistar o mel do mundo inteiro já está ficando cansativo, acho que devo roubar também os sabonetes do mundo inteiro para ninguém poder tomar banho. Há há há há. Seria engraçado, as pessoas ficariam tão sujas, mas tão sujas que o xulé do pé ia ser horrível. Arrggg! ( Somente agora nota as estátuas através das quais estava caminhando. ) Ora, oras... Não me lembro de haver nenhuma estátua aqui neste bosque! Que engraçado... as pessoas constroem estátuas em cada lugar, no meio do bosque? Quem iria vir aqui para ver? Espera um pouco ( Para diante de Madame ) Esta daqui parece com uma pessoa que eu já vi antes, só não me lembro exatamente quem... Deixa eu ver, que coisa: olha só os braços dela, parece um passarinho voando, há há ha... Esta outra ( Para diante do cientista ), e esta estatua então... parece um atleta correndo, há há há, que engraçado. ( Diante do Rei para um tempo e faz um breve silêncio colocando a mão no queixo, enquanto isso o cientista começa a se mexer fazendo gracinha nas costas de Zangadão sem que ele se aperceba disto, depois de certo tempo Zangadão volta seu olhar novamente para o Cientista, e cientista prodigiosamente retorna à sua posição de estátua sem que ele note nada ) Bem, deixa eu ver se entendi... Esta daqui parece uma palhaça, aquele ali parece um Cientista, e aquele outro parece um, parece um, um REEEEEI! ( No momento em que profere Rei o Rei pega seu cetro e dá uma cetrada em sua cabeça! Zangadão gira durante um tempo tonto como uma barata tonta e cai com as pernas para o alto )
- Iááááááá´! ( Grita escandalosamente o cientista enquanto faz katis de kung fu estilo Bruce Lee, como se quisesse receber os méritos e honras do feito do Rei ) Háááááá! Finalmente o pegamos
- Sim! ( Responde o Rei orgulhosamente empinando seu nariz nas estrelas ) Conseguimos pegar este impostor!
- Mas, o que vamos fazer com ele? ( Diz Madame com certa preocupação no semblante, enxugando um suposto suor de estresse da testa de maneira cortês )
- Já sei! Vamos ver o que ele guarda neste saco que trouxe! – Cientista
- Olha só – Madame – Têm uma pedra aqui, já sei o que é isto, com esta pedra ele deve hipnotizar as outras abelhas para obedecerem suas ordens
- Como você sabe isso? ( Cientista, em tom de mofa )
- Ora estas não vê que esta é uma pedra mágica?
- Não! Isto não é verdade! Duvido! Como pode ser? – Cientista
- A única maneira que há de sabermos se esta pedra é mágica ou não é testando-a – Diz o rei em tom professoral.
- Claro, vamos testa-la para ver se têm mesmo o poder de hipnoze! – Cientista diz tão ingenuamente quanto animadamente.
- Boa idéia cientista – Madame, já olhando-o com segundas intenções – Sim, boa idéia, aproxime-se mais, venha para cá!
- EEEEEEeeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuu?
- Sim você – Diz Md musicalmente
- Este bem, está bem, mas se algo der errado não esqueçam de me acordar!
- Está bem, não se preocupe, venha para cá: ( Pegando a pedra e balançando-a em pêndulo ) Abra cadabra, olho de cabra, nariz de elefante, você vai se transformar num Macaco! ( Instantaneamente ele começa a imitar um macaco atravessa a platéia e retorna , o Rei e Md começam a rir )
- Venha cá, venha cá: Agora volte a ser o Cientista: SHAZAAN! - Md – Viu só o que aconteceu? ( Direcionando-se ao cientista )
- O que, o que? O que foi que eu fiz? – Cientista Despertando de sua hipnoze ainda zonzo. – Não senti nada, só estou um pouco tonto
- Tudo bem? O importante é que funcionou, está é mesmo uma pedras de hipnotizar – Rei
- Claro! – Madame. Vamos pegar o Zangadão e leva-lo ao castelo, ele ainda está dormindo.
- Sim, sim, diz o cientista. Antes deixa eu abaixar as pernas dele ( E quando tenta abaixar ocorre o efeito gangorra e o tronco se eleva ) Ora estas! ( Aí ele faz o reverso, abaixa o tronco e as pernas se elevam novamente, os outros dois riem de seu esforço sem resultados efetivos )
- É melhor acorda-lo Cientista – Diz Madame – Acabei de ter uma idéia melhor, agora... o feitiço vai voltar contra o feiticeiro! ( Assim o Rei e o Cientista sacodem febrilmente o corpo de Zangadão gritando)
- Acorde! Acorde! ( Ele não acorda )
- Já sei! ( Diz o cientista num surto genial ) Hi hi hi
- O que? – Perguntam os outros dois
- Vejam só o que vou fazer. ( Tira um sapato e sua meia xulezenta e põe na cara de Zangadão.
- AAAAAAAAArrrrgh! Onde estou? Será que estou num caminhão de lixo? ( Não se dá conta dos outros ) Que cheiro horrível! De onde será que veio? Será que têm esgoto aqui perto? Hummm, sonhei que tinha visto umas estátuas, e depois não lembro mais o que aconteceu... Será que eu parei para dormir na floresta. Bagh! Não importa, é melhor hipnotizar as outras abelhas para elas irem pegar mais mel para min! Assim ficarei a abelha mais cheia de mel do Muuuundo! Há há há ( Risada caracterizadamente malvada ) Deixa eu procurar minha pedra de hipnotizar, hummm, deixa eu ver, esta por aqui, não, por aqui ( vasculha seu traje ) também não! Ora estas. Onde está?
- Aqui! – Grita Madame imponentemente – mostrando a pedra e se revelando ao abelhudo – Aqui está sua pedra do poder! Olhe bem para ela!
- Deixa eu ver se é mesmo a minha...
- Sim, chegue mais perto para conferir ( Começa então a balançar o pêndulo e diz ) Abra cadabra, olho de cabra, nariz de elefante você não vai mais roubar o mel do mundo inteiro, quando acordar vai ser uma abelha boazinha.
- ( Zangadão acorda ) – Oi! O que aconteceu?
- Nada, nada... Quem é você?
- Sou uma abelha... Gosto de produzir mel...
- Ah é? Então traga um pouco para nós, tempos de fazer uma festa para o grande quindim, Deus vai gostar. - Rei
Está bem – Em poucos segundos vêm com uma bandeja de mel, assim começa a música final onde fazem a grande festa do quindim! E todos viveram felizes para sempre.